METAFÍSICA da VIDA COTIDIANA
Nesta página, você encontrará subsídios para resgatar a dimensão metafísica da sua vida.
Nossa principal motivação consiste em ajudá-los a resgatar essa dimensão importante das nossas vidas de forma simples, direta e objetiva.
Pelo mero e simples fato de estarmos vivos, recebemos continuamente subsídios para cumprirmos a missão que viemos a estas existências para cumprir. Tais subsídios nos chegam de maneiras sutis, quase imperceptíveis. São, na verdade, pequenos pacotes de informação que a vida nos presenteia sejam sob a forma de sinais seja sob a forma de pistas.
Por exemplo, você descobrirá que as “coincidências” do cotidiano são, na verdade, sinais ou pistas que a vida nos dá para a expansão das nossas consciências. Se estivermos suficientemente atentos, perceberemos que há algo mais do que a mera coincidência. Sinais ou pistas estarão encobrindo significados a serem descobertos.
Permita-nos oferecer a você alguns exemplos de quando a parte metafísica da vida se manifesta:
Você lembra subitamente de alguém que você não encontra há algum tempo. De repente, alguns dias depois, essa pessoa lhe telefona ou lhe manda uma mensagem. Terá sido mera coincidência ou, de algum modo, terá ocorrido uma espécie de telepatia entre vocês?
Por hipótese, você está em casa fazendo tarefas domésticas e pensando numa colega de trabalho que agiu mal com você. Você experimenta sentimentos de mágoa, decepção ou de raiva dessa pessoa. Subitamente, contudo, corta seu pensamento a ideia de que, talvez, essa colega tenha tido um motivo diferente daquele que você estava atribuindo a ela.
Essa possibilidade muda muito à situação, porque, nessa hipótese, a pessoa não teria tido somente a vontade de magoar você.
Você está em casa ou no trabalho. De repente, um familiar ou um colega adentra a sala e informa a todos que a esposa de alguém conhecido acabou de sofrer um aneurisma e morrer.
A propósito, esse familiar ou colega comenta que a esposa recém-falecida dizia ao marido, nosso conhecido, que, se ela morresse cedo, pedia a ele para cuidar bem dos filhos dela. Ela teria tido algum tipo de premonição?
Outro exemplo poderá ajudar você a compreender a ordem de fenômenos sobre os quais chamamos sua atenção: Tenho um sobrinho temporão. Antes mesmo de ele nascer, minha mãe, avó dele, dizia a todos nós que a vinda dele seria uma benção para a família, em especial, para ela. Quando ele nasceu, minha mãe costumava recebê-lo com a frase “maravilha da vovó”.
Agora, quando na escolinha, no jardim de infância, a avó vai buscar o neto. Um dia ela se atrasou, devido à chuva e à dificuldade de transporte. Ele a recebe tristonha. Virou-se para ela e perguntou: Por que você demorou? É porque você está velha? Sei, eu também vou ficar velho. Quando eu morrer e nascer de novo, serei seu pai.
Bem, à vista desses rápidos exemplos, de certo modo, já introduzimos o objetivo deste site. Agora, convidamos você a participar, seja por meio da formulação de perguntas, seja por intermédio da oferta de reflexões.
Há outra forma possível de interação entre nós. Com efeito, tanto eu como o Wilson nos disponho a proferir palestras gratuitas para escolas, hospitais, organizações sem fins lucrativos ou beneficentes.
Platão
O MESTRE
Educado nas mais importantes escolas místicas das regiões que faziam margem com o Mar Mediterrâneo, Platão (427 – 348 a.C., Atenas) foi o verdadeiro pai da Metafísica entre nós, ocidentais. Nesse campo, é, sem dúvida, o fundador do Idealismo, corrente filosófica ocidental que percorreu os séculos até chegar em Berkeley, Kant e Hegel. O Idealismo pregado por Platão é a verdadeira fonte da Metafísica, porque, por via de consequência lógica, toda metafísica deve provir de um idealismo.
Antes de ter conseguido, por mérito próprio, iniciar-se nas escolas de mistérios do antigo Egito, Platão teve o privilégio de ser discípulo de Sócrates. Pôde, assim, usufruir do convívio com o mais virtuoso dos homens de seu tempo e de sua região. Durante tal convívio, testemunhou o exemplo vivo de todos os principais princípios que havia estudado e aprendido em sua busca mística. Pôde, por conseguinte, aprender também pelo exemplo de seu mestre, Sócrates, que se comportou como um autêntico metafísico até o ato final de sua existência humana. Sobretudo, quando, condenado injustamente à morte, Sócrates recusa-se a fugir, como poderia, porque queria render homenagem à cidade-estado que servia como cidadão. Com efeito, o ato de coragem e de desapego pelas coisas materiais, inclusive à própria vida, de Sócrates, foi relatado literariamente por Platão nas seguintes linhas do Fédon (97 b – 99 a.):
“E idênticas causas serviriam para explicar o fato de me encontrar aqui a falar convosco – esquecendo, em fim de contas, o essencial, ou seja, que, uma vez que os Atenienses acharam por bem condenar-me, também eu, pelas mesmas razões, achei por bem e mais justo ficar aqui sentado, aguardando a vez de me sujeitar à pena que me infligiram. (…) Porque, ou muito me engano ou há muito que meus músculos ter-me-iam levado lá para as bandas de Mégara ou da Beócia, levados por uma certa noção do 'melhor', se eu não estivesse convicto de que era muito mais justo e mais belo submeter-me às leis da cidade, qualquer que fosse a pena que me é imposta, de preferência a evadir-me e fugir.”
Paradoxalmente, seu aluno mais famoso, Aristóteles, fundou a corrente filosófica diametralmente oposta ao Idealismo, o Materialismo. O Materialismo é, atualmente, a filosófica hegemônica em nossas sociedades de consumo. A despeito de ter sido o aluno que maior notoriedade conquistou, Aristóteles subverteu a essência das lições do Mestre. Materialista e racionalista convicto, rechaçou a base verdadeiramente metafísica dos ensinamentos de Platão. Foi, sob esse ponto de vista, o pior dos alunos do Mestre.
"Iniciado e educado no materialismo mais estrito, o ser humano acaba vulnerável e indefeso ante as vicissitudes da vida. Às vezes, a suposta objetividade das ciências sociais acaba resvalando em sentenças meramente descritivas dos desatinos da sociedade, em seu percurso histórico. Quando isso ocorre, ao invés de respostas, obtemos da ciência uma linguagem sofisticada e confusa, que conduz a mais perplexidade. Preso a esse contexto, o ser humano atual acaba marcado por um manifesto desequilíbrio pessoal. Cultuou ao extremo seu lado físico, material, racional e emocional, em detrimento do seu lado espiritual. Fica, por via de consequência, refém da insegurança no que diz respeito à ordem de fenômenos que não consegue explicar com os recursos que recebeu. Afinal, a ciência fragmentou-se a tal ponto que uma compreensão holística parece atualmente um sonho renascentista ingênuo. Mas não era. O Renascimento bebeu na fonte da Grécia clássica, cujos principais filósofos, à exceção de Aristóteles, beberam na fonte da metafísica e eram iniciados. "(Iniciação Espiritual para Leigos, p. 36)"
O sistema filosófico platônico não pode ser bem compreendido sem que se tenha iniciação no misticismo. Em particular, suas teorias sobre a preeminência da realidade espiritual, ou metafísica, sobre a realidade fenomênica ou sensível, jamais serão bem compreendidas sem que a pessoa domine os fundamentos das leis cósmicas universais.
Numa passagem de seus escritos, o Mestre Platão aludiu a outra metáfora para explicar o risco de se perseguir o conhecimento das coisas tendo como objetos somente aqueles que pertencem ao mundo material e que, por consequência, estão ao alcance dos cinco sentidos humanos.
“Ora, bem. Depois disto, uma vez desiludido da observação dos seres, achei por bem acautelar-me, a fim de que não viesse a acontecer-me a mim o mesmo que àqueles que contemplam e observam o Sol em momentos de eclipse: é sabido que alguns chegam a perder a vista, se não for através da água ou de qualquer outro meio que mirem a sua imagem. E, com pensamentos mais ou menos deste teor, receei ficar irremediavelmente cego de espírito, caso persistisse em fixar os olhos nas coisas, em tentar tocar-lhes diretamente com os meus cinco sentidos.” Fédon (99 a – 100 e.)
A Academia
Na história ocidental, uma referência segura em termos de educação espiritual foi a Academia, do Mestre Platão. O Mestre fundou a Academia, em Atenas. Lá pregou sua filosofia e compartilhou dos mistérios a que tinha tido acesso em sua busca.
Alguns de nós, a despeito de ainda estarmos por aqui, no ciclo de reencarnações, freqüentamos a Academia.
Lá, o Mestre ensinava com firmeza que nós somos todos espíritos, submetidos à experiência corpórea no mundo material ilusório.
Havia, da parte do Mestre, a preocupação com a educação espiritual dos acadêmicos, que lá passavam por diversas iniciações espirituais. Essa preocupação derivava da certeza que o Mestre possuía acerca da verdadeira essência do ser, inclusive, humano. Como o Mestre Platão havia passado por várias Escolas fraternais de mistérios da Antiguidade, sabia do poder da educação espiritual na promoção da consciência.
Acreditava, como todos os místicos, na verdade da metempsicose. Ensinava que o mundo sensível nada mais é do que ilusão e que muito mais real do que aquilo que nos parece real é o mundo metafísico. Nosso mundo material é tão somente uma projeção imperfeita do que existe na dimensão extrafísica. Para explicar tal paradoxo, lançou mão da alegoria da caverna. Por meio dessa metáfora, estabeleceu a analogia entre nós, que nos deixamos seduzir pela aparente materialidade do nosso mundo sensível, e prisioneiros numa caverna. Estes estariam impedidos de olhar para fora da caverna. Logo, estariam não somente presos na caverna, mas condenados a olhar para dentro dessa “realidade”. No entanto, haveria uma parede, no interior da caverna, que receberia a projeção de vultos existentes fora da caverna.
Platão (em grego antigo: Πλάτων, transl. Plátōn, "amplo",1 Atenas,nota 1 428/427nota 2 – Atenas, 348/347 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental.10
Fonte: Wikipedia – A enciclopédia livre. Acesso em 25/7/2014.

O verdadeiro autoconhecimento traz implícito o desenvolvimento espiritual. Assim sendo, é absolutamente impossível dissociar um processo do outro. É possível, porém, experimentar o autoconhecimento, sem que se fique ciente do concomitante processo associado.
Preliminarmente, preciso esclarecer que desenvolvimento espiritual não significa tornar-se santo, com o perdão do uso desta expressão. Ademais, vivendo numa sociedade fragmentária e materialista como a nossa, precisamos de tantos livros quantos possíveis sobre a nossa dimensão metafísica.
Sobretudo, porque somos levados a pensar que a dimensão espiritual não pode ser vivida senão à base da fé e da crença dogmáticas, o que não é verdade. A verdade é que, independentemente de qualquer religiosidade ou de qualquer fé dogmática, estamos todos, permanentemente, em contato com nossa dimensão metafísica ou espiritual. Logo, esse contato é inescapável. O simples ato de viver já nos coloca frente a frente com nossa realidade espiritual, sem a qual certamente não estaríamos aqui.
METAFÍSICA DA VIDA

Ser discípulo de Sócrates significava ser treinado no método socrático – a maiêutica – que era, a rigor, uma proposta pedagógica de incitar a consciência de cada um a descobrir a verdade das coisas.

Consultada sobre o que Apolo pensava de Sócrates, a Pítia – a sacerdotisa do Templo de Delfos – manifestou o mais elevado elogio que um homem poderia receber e respondeu: “Não há ninguém mais livre, mais justo, mais sensato”. (Vide XENOFONTE. Apologia de Sócrates APUD SHURÉ, ÉDOUARD. Os Grandes Iniciados. 2. Editora Cátedra).
